segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Resenha do 3º e 4º capítulos do livro: “A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica”, da autora Maria Cristina Trois Dorneles Rau

            Em seguida, no terceiro capítulo, a autora traz os tipos de jogos, suas definições e contribuições para o desenvolvimento da criança, pode ser considerado o capítulo mais interessante do livro.
            Além de trazer os tipos de jogos ele propõe uma reflexão sobre como escolher os jogos e as brincadeiras para os educandos de acordo com suas necessidades e interesses.
            O jogo, como qualquer situação de aprendizagem abange as áreas cognitiva, social, motora e afetiva, por esse motivo é natural que os educandos apresentem dificuldades tais como: ansiedade, competição exagerada, pouca reflexão sobre as regras, agitação motora, portanto necessita de tempo suficiente, recursos e metodologias diversificadas.
            Nesse capítulo, a definição de diferentes autores são apresentadas em relação aos jogos. O mais interessante é que ao final de cada explicação sobre o tipo de jogo, a autora traz sugestões de jogos e referências sobre onde encontrá-los (obras) para que seja possível aplicá-lo e utilizá-lo como recurso pedagógico.
            No  quarto e último capítulo a autora faz um panorama sobre o brincar na educação, as questões da psicomotricidade e a importância do movimento para o desenvolvimento da criança e os princípios inerentes a construção de uma brinquedoteca.
            A psicomotricidade é definida como o controle mental sobre a expressão motora e afirma que a questão da afirmação da lateralidade começar por volta dos 6 anos até sua culminância, por volta dos 10 ou 11 anos.
            Esse conhecimento a respeito da psicomotricidade só vem a colaborar com a utilização de jogos e brincadeiras como recurso pedagógico para auxiliar no desenvolvimento psicomotor da criança.
            Com relação a brinquedoteca, a autora cita que “é um espaço preparado para estimular a criança a brincar, possibilitando o acesso a uma grande variedade de brinquedos, dentro de um ambiente especialmente lúdico.”
            No capítulo há a citações sobre os objetivos que deve ter uma brinquedoteca: valorizar os brinquedos e as atividades lúdicas e criativas, possibilitar o acesso a variedade de brinquedos, emprestar brinquedos, dar orientações sobre adequação e utilização de brinquedos, dar condições para que as crianças brinquem espontaneamente, criar um espaço de convivência que propicie interações espontâneas e desprovidas de preconceitos, entre outros .
            Por fim, a obra traz orientações práticas sobre montagem e organização de uma brinquedoteca.
            O que se pode verificar no livro é a clareza com que apresenta os aspectos que são  desenvolvidos na criança por meio do jogo ou da brincadeira.
            A autora não desenvolve o tema referente a formação lúdica dos professores, mas defende essa proposta como importante, tanto na formação inicial quanto continuada dos professores.

Referência Bibliográfica:

RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica. Editora IBPEX2011. Páginas 27 a 79.

ACADÊMICO

CLEVER LUCIO AFFONSO

06/11/2014

ARTIGO - GESTÃO ESCOLAR: A FUNÇÃO DO GESTOR ESCOLAR


Resumo

            O presente artigo visa objetiva uma reflexão sobre a função do gestor escolar, a relevância deste para o bom funcionamento da Instituição de Ensino, o entrosamento da sua equipe e o sucesso da aprendizagem dos alunos. Assim, o papel do gestor é imprescindível para a construção de uma educação de qualidade, onde a comunidade escolar seja parte integrante, assumindo a função de empreendedor, provocando mudanças, gerando o crescimento de todo o grupo, que realizará uma aprendizagem real e mais eficiente.

Palavras chaves: gestão escolar, empreendedor, comunidade escolar.



Introdução

            Hoje em dia o gestor enfrenta situações que mostram muitas dificuldades em seu ambiente escolar, pois trabalha com grupo de diversidade cultural, com crenças, ideias, sonhos e necessidades diferentes. Pessoas, que muitas vezes, não estão abertas para as novas metodologias que ajudariam a tornar suas aulas mais atrativas e motivadoras, gerando um interesse maior dos discentes em aprender.

            É preciso que o gestor gerenciar essa equipe e suas especificidades de maneira democrática e empreendedora, provocando atitudes de mudanças que visem o sucesso de toda a comunidade escolar.

            Conforme, Senge (1990 p.11) afirma que:

 “As pessoas expandem continuamente sua capacidade de criar os resultados que realmente desejam, onde surgem elevados padrões de raciocínio, onde as aspirações coletivas é libertada e as pessoas aprendem continuamente a aprender em grupo”.

            Dessa forma o gestor, junto com sua equipe, deve traçar estratégias que tragam mais qualidade ao trabalho do educador, dando suporte e incentivando-os a fazer as inovações necessárias para uma educação mais eficaz.

Desenvolvimento

O papel do gestor

Vivemos em um mundo onde mudanças ocorrem rápida e constantemente. A escola deve estar preparada para essas mudanças. A escola também precisa mudar, provocando o aluno para viver nesse mundo de complexidade e incertezas, distorção de valores e avanços tecnológicos. O gestor também precisa acompanhar essas mudanças, não ficando estagnado no tempo, se modernizando.

            Para Luck (2000 p. 35) liderança é: “... a dedicação, a visão, os valores e a integridade que inspiram os outros a trabalharem conjuntamente para atingir metas coletivas”. Dessa forma, o papel do gestor é proporcionar confiança e liderança, fazendo com que toda a equipe participe efetivamente dos trabalhos da escola, visando, principalmente, a construção da aprendizagem.  

Segundo Hora (2000 p. 53) “... a principal função do administrador escolar é realizar uma liderança política, cultural e pedagógica, sem perder em vista a competência técnica para administrar a instituição que dirige de, em cumprimento com a legislação que os rege, usara criatividade e colocar o processo administrativo a serviço do pedagógico e assim facilitar a elaboração e execução de projetos que resultantes da construção coletiva da equipe.”

As funções do gestor

O trabalho do gestor escolar está diretamente relacionado à organização e gestão da escola. Dentro da escola, o gestor desempenha vários papeis, devendo proporcionar a unidade de todos os setores, o desempenho de pessoal e a qualidade do processo de ensino-aprendizagem. Cabe, também, ao gestor: coordenar e articular as unidade que compõem a escola; articular e coordenar o pessoal; formular normas, regras e adotar medidas relacionadas aos objetivos propostos; administrar e orientar àqueles a quem são delegadas responsabilidades.

  Em relações às questões pedagógicas, são suas responsabilidades: assistir seu pessoal para que promovam ações que condigam aos objetivos educacionais; proporcional ação integral e cooperativa; promover comunicação clara e aberta entre escola e comunidade; melhorias no processo educacional. O trabalho do gestor se torna mais penoso e complexo quanto maior for a escola.

Desafios da gestão escolar democrática

São muitos os desafios encontrados pelo gestor nas escolas atuais. Encontramos escolas com problemas de violência, carência, tanto material quanto pessoal, a não participação da família. Algumas vezes encontra dificuldade de aceitação pelo grupo de profissionais da escola.

Mais um desafio enfrentado pelo gestor é a falta de participação da família na escola. Segundo Paro (2002) “Sob alegação de que a função de ensinar é da escola, não contendo aos pais arcar com encargos profissionais que são específicos, lega se que os pais têm o direito a uma boa educação escolar para os seus filhos, sem ter de trabalhar também para a escola. A preocupação é procedente diante da arbitrariedade que continua acompanhar o discurso e as práticas relacionadas ao tema, mas é preciso um maior esclarecimento do assunto. Por um lado, o fato de a escola ter funções especifica não a isente de levar em conta a continuidade entre a educação familiar e a escolar; por outro, é possível imaginar um tipo de relação entre pais e escola que não esteja fundada na exploração dos primeiros pela segunda. É possível imaginar, um tipo de relação que não consista simplesmente de uma ajuda ‘gratuita dos pais a escola’. Pode-se pensar em uma integração dos pais com a escola, em que ambos se apropriem de uma concepção elaborada de educação que por um lado, é um bem cultural para ambos e, por outro, pode favorecer a educação escolar e reverter-se em benefícios dos pais, na forma de melhoraria da educação de seus filhos.” (p. 25).

Quando os pais participam da vida escolar de seus filhos, há um melhor desempenho escolar. É importante que os pais sejam motivados a participar da escola, que conheçam o trabalho da mesma e colaborem na aprendizagem de seus filhos. Escola e família juntas têm a função de educar o aluno para a vida.
            Muitas vezes o gestor fica tão preso às questões burocráticas da escola que não encontra tempo para as questões pedagógicas. E este precisa estar engajado nas questões pedagógicas, pois ele deve promover relações, estabelecendo a mediação entre a escola e a comunidade. Esse trabalho é fundamental para a democratização da escola, auxiliando na construção de uma sociedade mais humana e justa. Cada gestor escolar deveria ser o principal pedagogo, maior interessado no processo de ensino-aprendizagem.
 “Entendemos que a participação do gestor é fundamental em todas as áreas: administrativa, financeira e principalmente pedagógica”.  (Paro 1995, p. 89).

            O empreendedorismo na gestão escolar

O empreendedorismo é uma característica fundamental para o gestor escolar, possibilitando, assim, ver novas oportunidades, tendo sucesso com a comunidade. Ser empreendedor é importante tanto no ambiente empresarial quanto no educacional. Timmons (1994) ressalta:

“O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a revolução industrial foi para o século XX”.

Dentro de uma organização, o empreendedor é aquele que vê oportunidades onde as demais pessoas não veem, antecipa problemas e os resolve, assume responsabilidades. Tem grande responsabilidade no alcance dos objetivos organizacionais.

O gestor empreendedor assimila informação, fundamenta conhecimento e onde antes se via competência, aparecem as capacidades empreendedoras. Assim, o gestor empreendedor apresenta um papel fundamental na nossa sociedade, que está em constante transformação, transformando a escola em um ambiente democrático, formando parcerias, com a participação e responsabilidade de toda a comunidade escolar, construindo o espaço de formação que deve ser a escola.

Considerações finais:

            O gestor de uma escola, quando exerce sua função como um mediador, descobre o valor de talentos das pessoas com as quais trabalha. Daí a necessidade desse gestor ser empreendedor, inovando técnicas e procedimentos, buscando potencializar o “talento humano”, conhecendo sua equipe, investindo em crescimento e capacitação de pessoal, encontrando, assim, soluções criativas e inovadoras para crescimento pessoal e profissional.        

Referências

SENGE, Peter M. A quinta disciplina: arte, teoria e prática da organização de aprendizagem. Rio de Janeiro: Quality Mark, 1990.
LUCK, Heloísa: A Escola participativa: O Trabalho do Gestor Escolar/Heloísa Luck [ET AL]. -5-ed.-Rio de Janeiro: DP & A. 2000
Hora, Dainir Leal. Gestão educacional Democrática. Campinas, SP. Editorial Alinea, 2007 de ensino e práticas pedagógica. Petrópolis, RJ. Vozes, 2000.
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil-1988, Brasília, DF, 1988.

DOURADO, Luiz Fernandes, Duarte, Maria Ribeiro Teixeira, Titulo Progesta: Programa de Capacitação e distância para Gestores escolares: In: MACHADO, Maria Aglaê de Medeiros. (coord) ET, al., como promover, articular e envolver a ação das pessoas no processo de gestão escolar? Modulo II CONSED (Conselho Nacional de Secretários de Educação0, Brasília, 2001.

FERNANDES, Maria Nilza de Oliveira: Líder educador: Novas formas de Gerenciamento/Maria Nilza de Oliveira Fernandes. Petrópolis, RJ: Vozes, 2001
PARO Vitor Henrique, Situação e perspectivas da educação brasileira: Uma contribuição, in: gestão democrática da escola pública. 3 ed. São Paulo: ática 2002.
PARO, Vitor Henrique. Por dentro da escola pública. São Paulo: Xamã, 1995.
TIMMONS, J. New Venture Creation. 4. ed. Boston: Irwin McGraw-Hill, 1994.

 ACADÊMICA

ADRIANA BRAGA RAMOS

10/11/2014

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Resenha do 2º capítulo do livro: “A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica”, da autora Maria Cristina Trois Dorneles Rau

No segundo capítulo, a proposta da autora é falar sobre as implicações da ludicidade no desenvolvimento humano e na prática educativa.
O capítulo inicia falando da questão do lúdico enquanto linguagem simbólica: Com relação ao imaginário, é necessário observar que, em situações de jogos infantis, a imaginação é explícita e as regras são ocultas; nos jogos do adulto, é o inverso: as regras são explícitas, e a imaginação é oculta.
Os jogos de faz de conta auxiliam no controle emocional da criança, faz com que ela adquira mais autoconfiança, melhor conhecimento de suas possibilidades e limites, com frequência impostos pela presença de outra criança, com quem ela pode aprender a cooperar durante o jogo.
A autora cita Já Vygotsky (1984), que considera o jogo como um estímulo à criança no desenvolvimento de processos internos de construção do conhecimento e no âmbito das relações com os outros.

Referência Bibliográfica:
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica. Editora IBPEX2011. Páginas 81 a 126.

ACADÊMICO

CLEVER LUCIO AFFONSO

06/11/2014

Resenha do 1º capítulo do livro "A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica”, da autora Maria Cristina Trois Dorneles Rau

             No primeiro capítulo, a  autora propõe um estudo sobre as bases teóricas da educação lúdica.
            A autora defende a ideia de que a utilização de recursos lúdicos, como jogos e brincadeiras, auxilia nos conteúdos para o mundo do educando e também os professores ressaltam a importância de jogos e brincadeiras de que participaram quando estudantes, apesar de terem sido raras as oportunidades de vivenciarem o lúdico em suas formações.
Há um grande respaldo na inserção do lúdico na formação dos professores quando diz que a formação lúdica se assenta em que valorizam a criatividade, o cultivo da sensibilidade, a busca da afetividade, e ainda afirma que quanto mais o educador vivenciar a ludicidade, maior será a chance de este profissional trabalhar com a criança de forma prazerosa.
            O estudo da ludicidade é a desmistificação de que a brincadeira é apenas um passatempo, algo tido como não sério sem a possibilidade de aprendizagem, ao contrário, o jogo ou a brincadeira, além de proporcionar alegria a alunos e educadores, é capaz de desenvolver diversas habilidades e construir conhecimentos, importantes para o processo de ensino-aprendizado.
                  A autora traz as diferenças elaboradas entre jogo, brincadeira e brinquedo, definindo jogo como uma ação voluntária da criança, um fim em si mesmo, que não pode criar nada, não visa um resultado final, importando apenas o processo em si de brincar que a criança se impõe, já a definição de brincadeira é a de que trata-se de uma ação espontânea da criança, sozinha ou em grupo, na qual ela faz uma ponte entre a fantasia e a realidade e o brinquedo como sendo um objeto, suporte da brincadeira ou do jogo.
As diferenças são que no jogo existem as regras desde o início  e a brincadeira se inicia a partir da imaginação e a regra é construída no decorrer da brincadeira, de acordo com a necessidade.
           No livro Maria Cristina  mostra que o jogo contribui para o processo de assimilação e acomodação na construção do conhecimento e é fundamental para o desenvolvimento cognitivo, pois ao representar situações imaginárias, a criança tem a possibilidade de desenvolver o pensamento abstrato. Propõe quatro sucessivos sistemas de jogos: de exercício, simbólico, de regras e de construção.
            Também cita que a brincadeira e o jogo atuam diretamente na zona de desenvolvimento proximal, possibilitando avanços na construção do conhecimento da criança quando utilizados com fins educativos e também quando acontecem de maneira espontânea.
            Referência Bibliográfica:
RAU, Maria Cristina Trois Dorneles. A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica. Editora IBPEX2011. Páginas 27 a 79.

ACADÊMICO

CLEVER LUCIO AFFONSO

06/11/2014

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

O Lúdico na Sala de Aula

           Sabemos que com o lúdico a criança demonstra sentimentos, desejos e angústias, elaborando questões vividas diariamente. É na fase de seus primeiros seis ou oito meses de vida que o ser humano forma hábitos, atitudes, valores e esquemas de raciocínio que vão traçar as linhas mestras de sua personalidade.

           Na prática pedagógica os jogos e brinacadeiras são como provedores de diferentes tipos de aprendizagem, onde as crianças rompem o círculo vicioso da escola para relacionar-se de forma mais agradável com os conteúdos. Despertam de forma prazerosa o gosto pelo aprender, construindo assim os saberes e valores sociais, essenciais á formação de sua cidadania.
           De acordo com Chateau ( 1987,p.14 ), é pelo “ brinquedo que crescem a alma e a inteligência (...) uma criança que não sabe brincar, uma miniatura de velho,será um adulto, que não sabe pensar”. Através da brincadeira, a criança se apropria da realidade, criando um espaço de aprendizagem em que possa expressar, de modo simbólico, suas fantasias, desejos, medos e sentimentos.
           O mundo do jogo, da brincadeira, é muitas vezes uma antecipação do mundo das ocupações sérias . O jogo prepara para a vida, através dele, a criança desenvolve sua autonomia, sua personalidade, preparando-se para aprendizagens futuras.Assim, a infância é um período de aprendizagem necessário à idade adulta.
            Através da brincadeira, a criança fantasia e coloca sua imaginação em ação, estabelecendo uma relação entre o mundo interno e o mundo externo. Pois ao mesmo tempo em que brincam, criam condições para separar esses dois mundos e adquirir o domínio sobre eles.
           Portanto nós professores somos os responsáveis por proporcionar aos nossos alunos tempo, espaço e diferentes formas de aprender, possibilitando a eles atividades dinâmicas e prazerosas através das quais eles possam alcançar o desenvolvimento e aprender com alegria.
Referência bibliográfica:
CHATEAU, Jean. O Jogo e a Criança.Grupo Editorial Summus,1987.
ACADÊMICA

ELISANDRA TAUFER

03/11/2014

Resenha do Artigo: Avaliação Mediadora: Uma Relação Dialógica na Construção do Conhecimento, da autora Jussara L. Hoffamann

            Segundo Jussara L. Hoffamann, a avaliação escolar serve como uma ação de provocação do professor, desafiando o educando a refletir sobre as situações vividas, a formular hipóteses, encaminhando-se a um saber enriquecido.
           
            A avaliação, como dialógica, concebe o conhecimento como apropriação do saber pelo aluno e também pelo professor, como ação-ação-reflexão que se passa na sala de aula em direção a um saber aprimorado, enriquecido, carregado de significados e compreensão. Dessa forma a avaliação passa a exigir do professor uma conexão entendida como reflexão profunda a respeito de formas como se dá a compreensão do educado sobre o objeto do conhecimento.
           
            Para Hoffamann em uma avaliação mediadora o professor e aluno buscam coordenar seus pontos de vista, trocando ideias, reorganizando-as. Já a avaliação classificatória o professor é o centro do conhecimento, o aluno passa a ser um objeto de estudo do professor, que o capta apenas em seus atributos palpáveis. Sua prática avaliativa revela intenções de coleta de dados em relação ao aluno, dele registrando dados precisos.
           
            O acompanhamento do processo de construção de conhecimento implica favorecer o desenvolvimento do aluno, orientá-lo nas tarefas, oferecer-lhe novos horizontes de aprendizagens e assim ampliar o seu saber.O professor como parceiro mais experiente tem como papel facilitar o acesso do aluno ao conhecimento.
           
            Para a autora, da mesma forma que o professor faz a mediação entre o conhecimento e o aluno, a avaliação deveria mediar todo esse processo. Assim como o médico, através de exames laboratoriais e de sua avaliação clínica prescreve medicamentos e outras medidas conforme o estado de saúde de seu paciente, o professor deveria utilizar a avaliação durante todo o processo de ensino-aprendizagem, observando como o aluno está apreendendo o conhecimento, que dificuldades enfrenta, que reformulações em seu método de ensino devem ser feitas, etc. Ou seja, a avaliação passa a ser um instrumento de regulação da aprendizagem.
           
            Assim sendo avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista reorientá-la para produzir o melhor resultado possível, por isso não é classificatória nem seletiva, ao contrário é diagnóstica e inclusiva.
           
            A avaliação tem seu foco na construção dos melhores resultados possível, enquanto o ato de examinar está centrado no julgamento de aprovação ou reprovação. Por suas características e modos de ser, são praticamente opostos; no entanto, professores em sua prática escolar cotidiana, não fazem essa distinção e, deste modo, praticam exames como se estivessem praticando avaliação.
           
            Por fim a avaliação deve precisa ser pensada e efetivada como parte integrante do processo de formação, uma vez que possibilita diagnosticar questões relevantes, averiguar os resultados alcançados, considerando os objetivos propostos e identificar mudanças de percurso eventualmente necessárias. Todas as atividades realizadas são passiveis de correção para que o professor possa avaliar e diagnosticar as dificuldades que surgem durante o processo de aquisição do conhecimento.
           
            Para o aluno, avaliar deve ser um meio de superar as dificuldades e continuar progredindo, já para o professor deve ser um meio de aperfeiçoar seus procedimentos de ensino. É desse modo que a avaliação assume um sentido orientador. Ao analisar e refletir sobre os métodos de avaliação notar-se-á que existem diversos instrumentos para avaliar se o aluno esta aprendendo e se integrem nesse sentido. Portanto é preciso ter em mente que não há certo e nem errado quando se fala em avaliação no seu cotidiano, assim sendo, ela precisa ser continua e regularmente modificada e readaptada.


Referência bibliográfica:

HOFFMAN, Jussara. Avaliação Mediadora; Uma Pratica da Construção da Pré-escola a Universidade. 17.ª ed. Porto Alegre: Mediação, 2000

ACADÊMICA
ELISANDRA TAUFER

03/11/2014