quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Resenha do capítulo 1 do livro: A aprendizagem na mediação social do aprendido e da docência, de Mário Osório Marques

            Seguindo a linha inicial de pensamento desenvolvido pelo autor, destacamos a análise do processo de construção estabelecido historicamente, o ser humano não nasce pronto, necessita se desenvolver e aprender na decorrência do tempo e este processo se dá de forma integral na interação entre os sujeitos.

            O texto aponta o processo de aprendizagem sendo a consequência das relações estabelecidas entre os homens em complexas ações que mudam o ambiente e o modo de vida dos envolvidos. O homem busca na sua realidade as experiências como base para correlacionar suas interações sociais e estimular a aprendizagem para uma nova etapa do desenvolvimento sócio cultural, pondo-se assim o modo de vida como instrumento mediador da aprendizagem, ao mesmo tempo em que o sujeito mantém sua subjetividade estabelece suas relações necessárias ao processo.

            Não desviando do contexto inicial, o autor aponta as ações rotineiras do cotidiano como a origem dos questionamentos que norteiam os posicionamentos das ciências nos seus mais amplos contextos. A vida cotidiana favorece a disseminação ambígua do real e do imaginário, fatores componentes da singularidade dos sujeitos. Contudo, os anseios naturais do homem de negar e, ou superar seus próprios limites elevam a flexibilidade da aprendizagem da vida humana em sociedade. É importante contar com a complexidade da formação humana. Diante de dimensões diversas (biológicas, psíquicas, sociais e singulares) e distintas, porém, inter-relacionadas e interdependentes compõe o desenvolvimento do processo de ensino aprendizagem estabelecido pelo sujeito de acordo com suas particularidades. Por esse caminho podemos estabelecer que as necessidades naturais bio-orgânicas individuais não podem ser contestadas no contexto fundamental do desenvolvimento individual, assim, o crescimento ao nível histórico – social da humanidade não pode prescindir de sua objetividade natural previamente reconhecida.

            O ser humano, segue construindo inter-relações com outros sujeitos a fim de auto promover e desenvolver, para tanto, a busca permeia grupos sociais concretos onde a cultura identifica os processos de relacionamento.

            O indivíduo busca interações culturais com outros membros socialmente integrados aos processos sociais da vida. A tradição cultural dos grupos sociais interferem diretamente ao modo como se aprende bem como do que se aprende.

            De modo geral, podemos apontar na fala do autor durante o trecho analisado, que enquanto sujeitos docentes, ou não, precisamos considerar a realidade dos sujeitos e o ambiente em que estão inseridos como pontos de partida para o desenvolvimento social, cultural e intelectual do sujeito. Tudo que nos cerca interfere em nosso desenvolvimento, assim, como, tudo o que fizemos interfere no desenvolvimento do outro e do ambiente que nos cerca. Portanto, os aspectos da vida diária são fatores importantes dentro do processo de ensino aprendizagem.

Referência bibliográfica:

Marques, Mário Osório – coleção. A aprendizagem na mediação social do aprendido e da docência. Pág 17 – 33. Editora Unijui. 3ª edição.

ACADÊMICAS
SANDRA ANAELISE DA SILVEIRA
LUCINEIA CAETANO

09/10/2014

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