Durante
este capítulo o autor nos convida a dialogar sobre o ato de refletir sobre
nossas ações enquanto docentes, a buscar em nosso fazer orientações sobre o que
está ou não contribuindo para o progresso da nossa prática.
De forma ampla o texto nos questiona
sobre a necessidade de aprender sobre reflexão, será que enquanto nos
construímos professores, precisamos desse tipo de conhecimento que faz parte do
ser humano em seu íntimo?
O autor aponta a reflexão da prática
como uma ferramenta importante para execução de qualquer tarefa em todas as
profissões, no entanto, enfatiza o quanto essa prática é essencial ser
desenvolvida e aprimorada pelo professor. A reflexão da prática pedagógica não
pode servir para contribuir com o sentido de acomodação por parte do docente.
Ela se encarrega de estimular os saberes já existentes em correlações com as
experiências adquiridas com o passar do tempo. No entanto, as reflexões feitas
a partir da rotina pré-estabelecida tendem a construir um ajuste pragmático ao
fazer docente, ao invés de acrescentar saberes diferentes, acomoda as
experiências e corrige as arestas, até que cada atitude se encaixe no contexto
do cotidiano.
Assim como para tantas outras
situações, a grande desencadeante da prática reflexiva é a curiosidade, é a
partir dela que o sujeito se motiva a buscar explicações, caminhos e
alternativas mais eficazes para o desenvolvimento do trabalho. Da mesma forma,
o clássico entrave para o crescimento auto reflexivo está na “preguiça mental”,
ou acomodação intelectual, onde o sujeito interrompe sua busca ao primeiro
sinal de um resultado, sem ir além.
Não
é incomum professores desenvolverem grande saber intelectual e uma prática rica
em experiências importantes, porém, da mesma forma, esses dois hemisférios não
se encontram, não cruzam informações, pois na essência de sua formação este
professor não foi ensinado a utilizar a prática reflexiva como ferramenta
evolutiva e metodológica.
As
ações reflexivas durante a prática docente tendem a compor o cenário vivido
pelos professores de buscar ultrapassar os dilemas existentes nas salas de
aula, dilemas criados no conflito entre as realidades e os programas
pré-estabelecidos.
Através
do treinamento constante de uma prática reflexiva tanto na vida profissional
quanto pessoal, o professor, na verdade estará vislumbrando seu fazer docente
de sentido e significado que aponta aos dilemas do cotidiano, ações concretas
que impõe significado ao que se busca ensinar e aprender.
Referência bibliográfica: Perrenoud, Philippe.
A prática reflexiva no ofício de professor. Profissionalização e razão
pedagógica – Saber refletir sobre a própria prática: objetivo central da
formação dos professores? - Editora Artmed 2002. Páginas 47 a 70.
ACADÊMICAS
SANDRA ANAELISE DA SILVEIRA
LUCINÉIA CAETANO
09/10/2014
ótimo comentario
ResponderExcluirsou mestranda em ciencia da educacao e procuro conhecimento
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