Augusto
Cury é psiquiatra, pesquisador, escritor, professor e conferencista. Em seu
livro “Pais brilhantes, professores fascinantes”, faz profundas reflexões
destinadas a pais e educadores, deixando claro que o papel de ambos no que se
refere à educação se entrelaça e se complementa.
No
decorrer de sua obra faz importantes paralelos entre ser bons pais e ser pais
brilhantes, assim como ser bons professores e ser professores fascinantes. Em
todas as comparações a diferença está em que o ser bom tanto pais como para
professores se refere a ser e fazer o correto, seguir regras, aquilo que está
dentro do previsto e o esperado para determinadas circunstâncias. O ser
brilhante e o ser fascinante envolve algo a mais, alargando os horizontes da
educação em uma perspectiva mais humanizada que forme sujeitos, ativos,
pensantes e preparados para a vida.
Referindo-se
aos pais, menciona que ser bom significa: dar presente, nutrir o corpo,
corrigir os erros, conversar, preparar os filhos para os aplausos, dar
informações e oportunidades. Já os pais brilhantes vão além, oferecendo algo
mais na educação e na vivência dos seus filhos tais como: dar seu próprio ser,
nutrir a personalidade, ensinar a pensar, preparar os filhos para o fracasso,
dialogar como amigos, contar histórias e nunca desistir.
Dirigindo-se
aos professores, o autor enfatiza que ser bom professor significa: ser
eloquente, possuir uma metodologia, educar a inteligência lógica, usar a
memória como depósito de informações, corrigir os comportamentos, e educar para
uma profissão. Em compensação os professores fascinantes: conhecem o
funcionamento da mente, possuem sensibilidade, educam a emoção, usam a mente
como suporte da arte de pensar, são inesquecíveis, resolvem conflitos e educam
para a vida.
A
terceira parte da obra refere-se aos sete pecados capitais dos educadores.
Discorrendo sobre corrigir publicamente, expressar autoridade com
agressividade, ser excessivamente crítico, punir quando estiver irado e colocar
limites sem dar explicações, ser impaciente e desistir de educar, não cumprir a
palavra, destruir a esperança e os sonhos dos educandos.
Nas
partes seguintes o autor reflexiona sobre os papéis da
memória humana e a escola dos nossos sonhos. Sempre numa perspectiva de tornar
o educando o sujeito protagonista no processo de educação, que merece respeito
pela sua individualidade, crescendo integralmente com equilíbrio entre a razão
e as emoções. Para Cury, um excelente
educador é um ser humano com imperfeições, porém “alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para
aprender”.
Em suas
considerações finais, o autor deixa transparecer a sua preocupação com relação
aos caminhos tomados pela sociedade atual, a crise da educação e a importância
do papel dos pais e professores na construção de um mundo melhor. Com “a
história da grande torre” Augusto relata sobre um grande concurso para saber
qual a profissão mais importante da sociedade, onde cada profissional defende
com veemência sua profissão como a mais importante.
Diante da
árdua e mágica tarefa de educar, Cury ressalta a importância de valorizar as
raízes como forma de suportar as intempéries da vida, como cidadãos pensantes,
sonhadores e cientes de seus direitos e deveres.
ACADÊMICA
ERONITA TELLES ALVAREZ
29/10/2014
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