quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Resenha do Livro: Pais brilhantes, Professores Fascinantes - A Educação de nossos sonhos: formando jovens felizes e inteligentes, do autor Augusto Cury

Augusto Cury é psiquiatra, pesquisador, escritor, professor e conferencista. Em seu livro “Pais brilhantes, professores fascinantes”, faz profundas reflexões destinadas a pais e educadores, deixando claro que o papel de ambos no que se refere à educação se entrelaça e se complementa.

No decorrer de sua obra faz importantes paralelos entre ser bons pais e ser pais brilhantes, assim como ser bons professores e ser professores fascinantes. Em todas as comparações a diferença está em que o ser bom tanto pais como para professores se refere a ser e fazer o correto, seguir regras, aquilo que está dentro do previsto e o esperado para determinadas circunstâncias. O ser brilhante e o ser fascinante envolve algo a mais, alargando os horizontes da educação em uma perspectiva mais humanizada que forme sujeitos, ativos, pensantes e preparados para a vida. 

Referindo-se aos pais, menciona que ser bom significa: dar presente, nutrir o corpo, corrigir os erros, conversar, preparar os filhos para os aplausos, dar informações e oportunidades. Já os pais brilhantes vão além, oferecendo algo mais na educação e na vivência dos seus filhos tais como: dar seu próprio ser, nutrir a personalidade, ensinar a pensar, preparar os filhos para o fracasso, dialogar como amigos, contar histórias e nunca desistir.

Dirigindo-se aos professores, o autor enfatiza que ser bom professor significa: ser eloquente, possuir uma metodologia, educar a inteligência lógica, usar a memória como depósito de informações, corrigir os comportamentos, e educar para uma profissão. Em compensação os professores fascinantes: conhecem o funcionamento da mente, possuem sensibilidade, educam a emoção, usam a mente como suporte da arte de pensar, são inesquecíveis, resolvem conflitos e educam para a vida.

A terceira parte da obra refere-se aos sete pecados capitais dos educadores. Discorrendo sobre corrigir publicamente, expressar autoridade com agressividade, ser excessivamente crítico, punir quando estiver irado e colocar limites sem dar explicações, ser impaciente e desistir de educar, não cumprir a palavra, destruir a esperança e os sonhos dos educandos.

Nas partes seguintes o autor reflexiona sobre os papéis da memória humana e a escola dos nossos sonhos. Sempre numa perspectiva de tornar o educando o sujeito protagonista no processo de educação, que merece respeito pela sua individualidade, crescendo integralmente com equilíbrio entre a razão e as emoções.  Para Cury, um excelente educador é um ser humano com imperfeições, porém “alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”.

Em suas considerações finais, o autor deixa transparecer a sua preocupação com relação aos caminhos tomados pela sociedade atual, a crise da educação e a importância do papel dos pais e professores na construção de um mundo melhor. Com “a história da grande torre” Augusto relata sobre um grande concurso para saber qual a profissão mais importante da sociedade, onde cada profissional defende com veemência sua profissão como a mais importante.


Diante da árdua e mágica tarefa de educar, Cury ressalta a importância de valorizar as raízes como forma de suportar as intempéries da vida, como cidadãos pensantes, sonhadores e cientes de seus direitos e deveres.

ACADÊMICA

ERONITA TELLES ALVAREZ

29/10/2014

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