Esta obra de Hamilton Werneck, nos
fala sobre o papel de uma pedagogia fingida tanto no aspecto educacional como
político, econômico e social.
“Fingindo ensinar, aprender, trabalhar e
pagar” Aqui a ideia é do ciclo vicioso que se cria, pois é um ciclo de
fingimento, onde o aluno finge aprender, o professor finge em ensinar, o
governo finge em pagar e o professor finge receber, onde nos mostra que na
verdade estão todos acomodados, apenas acostumados com a situação de fingir.
“Fingindo educar os filhos”. Nesta segunda
parte o autor nos mostra a diferença entre a educação que os pais receberam e a
educação que estão dando aos seus filhos, uma educação erronia, falsa, onde
pensam estar fazendo o melhor preocupando-se em não deixar que seus filhos
passem por dificuldades que possam ter passado em sua adolescência, o que
resulta em uma educação fingida, pois não contribui em nada para um futuro promissor
aos seus descendentes.
“ Fingindo ser imparcial”, as escolas deveriam
ser abertas a novas ideias, a uma democracia propriamente dita e no em tando é
antidemocrática, deixando somente a política influenciar na escola.
“ O fingimento sociopolítico de “ Fazer a
cabeça” dos alunos.” Fala sobre a imposição do poder político nas regras, como
o programa educacional sem normas preestabelecidas.
“ Fingindo ser político sério ”, aqui o autor
nos mostra a ideia de que a escola anda conforme manda a classe dominante, pois
assim é mais difícil formar cidadães críticos e pensantes, capazes de
escolherem melhor seus representantes.
“ Avaliação fingida”, é onde trata-se do fingimento entre alunos e
professores na hora de avaliar. O professor que fingiu o tempo todo ensinar,
não pode cobrar além do que fingiu, pois o aluno que também fingiu aprender não
tem noção do que deveria mesmo ter aprendido e se for cobrado além do que
“sabe” reclamará a direção, então na avaliação continua o ciclo de fingimento.
“ Fingindo sanidade ”, nos fala sobre a competitividade na escola,
onde as amizades tornam-se restritas e não há motivação para os professores,
assim continuam na mesma situação.
“ Fingindo ser mestre ”, fala sobre o retorno
das aulas, todos sem motivação alguma, os professores pensando em aumento já
sabendo que será difícil e os alunos sem saber o real motivo para que estão
ali.
“ Fingindo ser pedagogos ”, nos fala sobre as
mudanças sociais e a maneira de dar aula, a diferença de ensino quando o
professor era a autoridade do saber sem abrir espaço para diálogo e o medo da
mudança virar anarquia.
“ Dicionário, o que não finge ”, a
evolução no pensamento sobre o uso do dicionário, onde antes era considerado
burro quem o utilizasse e hoje faz parte de uma consulta sábia, para
certificar-se do correto, virou companheiro fiel.
“ Ideologia fingida ”, fala do
deslumbramento dos socialistas que são no inicio contra a propriedade e
classificam o estado de burgues. A seguir se frustram por não conseguirem
chegar a burgueses e chegam a etapa de depressão.
“ Fingindo ser forte ”, é uma
analise dos verdadeiros valores que hoje são admitidos, como a superação dos
limites do corpo, pessoas que fazem além das suas possibilidades, arriscando-se
para obter olhares, arriscando seu próprio organismo.
“ Fingindo não ver ”, é uma crítica
sobre as pessoas que fingem não ver a realidade do país, a miséria, as
dificuldades da vida dos alunos. Como o Brasil não pode reverter este quadro,
continua com uma educação de fingimento.
“ Fingindo ter peso ”, mostra a
inveja das pessoas que fingem ter peso na sociedade, aqueles que sobem sozinhos
tirando os outros da sua frente, que ao invés de trabalharem para serem notadas
derrubam aqueles ao seu redor.
“ Ocupação fingida do espaço ”, nos
apresenta a questão de pessoas que só ocupam por ocupar um espaço na sala de
aula, enquanto existem outras que gostariam, que valorizam e saberiam
aproveitar o que aquele espaço pode lhe oferecer. Essas pessoas que estão por
estar, apenas fingem ocupar um lugar na escola.
“ Fingindo ter confiança ”, nos fala
sobre a falsa confiança que a família deposita na escola.
“ Pelo sinal do professor ”, é uma
reflexão sobre o que o professor sente, alguém triste, cansado, desmotivado,
sempre queixoso do atraso nas folhas de pagamento.
Ao meu ver, este livro retrata ainda
uma certa realidade encontrada em muitas escolas por ai a fora. Este autor nos
traz as questões de maneira simples e inteligente, abrangendo diversos pontos
observados no cotidiano escolar. Professores que fingem ensinar e alunos que
fingem aprender são geradores de problemas, pois é na escola que se formam
todas as profissões, tudo começa na educação é nela que aprendemos a ser mais
humanos, a pensar, criticar, problematizar e resolver. É preciso parar com essa
pedagogia de fingimento e ir além das barreiras encontradas na escola, na
sociedade, pois só assim conseguiremos modificar algo a nosso favor.
Referências
Bibliográficas:
WERNECK,
Hamilton, Se você finge que ensina eu finjo que aprendo, 28° edição,
Petrópolis, Editora Vozes, 2013.
ACADÊMICAS
FRANCELISE FERNANDES BRANDÃO
PATRICIA GABRIELA BAUM
05/10/2014
05/10/2014
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